sexta-feira, 24 de junho de 2016

LANÇAMENTO DE LIVRO NA CASA DE CULTURA JOÃO OSCAR

Por: Victor de Azevedo - 16/05/2013


O escritor Hélvio Cordeiro lançou nesta quarta-feira (15), na Casa de Câmara e Cadeia (Casa de Cultura João Oscar do Amaral Pinto), o livro “Quilombo - Terra da Esperança”.  Antes, o escritor proferiu palestra sobre o livro “Carukango – o príncipe dos escravos” no Palácio Cultural Carlos Martins. Ainda durante a programação, o grupo AJovens faz apresentação de capoeira. Os eventos fizeram parte da programação em comemoração a Semana Áurea.

O livro lançado conta a história dos quilombos e traz um relato de pesquisa sobre comunidades remanescentes quilombolas na região Norte do Estado do Rio de Janeiro. O autor ilustra o trabalho com registro fotográfico da existência remota de quilombos em áreas rurais e até mesmo urbanas, como Travessão e Custodópolis. Hélvio agradeceu a oportunidade de poder mostrar seu trabalho no município.

— É sempre bom estar em São João da Barra, podendo mostrar o meu trabalho, principalmente para jovens dessa terra tão querida. A nossa história é muito rica e deve ser contada detalhadamente para que se chegue a um entendimento correto — disse Hélvio que doou 50 livros para as escolas municipais de São João da Barra.

Já na palestra, que foi acompanhada pelos alunos da Escola Estadual Municipalizada Luiz Gomes da Silva Neto (do Enjeitado), Hélvio Cordeiro conta a história de um personagem trazido como escravo de Moçambique para a região. A narrativa do príncipe Carukango mostra como ele lutou e foi preso, quando pretendia levar todos os escravos de volta para a África, morrendo por este ideal. O Quilombo Carukango ficava entre o município de Conceição de Macabu e a região do Imbé, onde até hoje vivem inúmeras famílias em diversas comunidades quilombolas, mantendo a tradição de uma vida longe de qualquer modernidade, segundo as pesquisas do autor do livro.

Semana Áurea- A programação segue nesta quinta-feira(16), com a visita dos alunos do Ciep 265 Municipalizado Professora Gladys Teixeira à Casa de Câmara e Cadeia (Casa de Cultura João Oscar do Amaral Pinto). Segundo o coordenador geral de Cultura, Bruno Costa, na exposição os alunos têm acesso a documentos originais do período imperial e da época em que São João da Barra era Vila como mapas históricos datados de 1767 e bibliografias com temas sobre a escravidão do Brasil e do exterior. “É primordial relembrarmos este período histórico da escravatura, onde São João da Barra teve um porto influente responsável por um forte tráfico negreiro”, destacou Bruno.

– Devemos aproveitar o momento para reflexão sobre este passado obscuro e voltar os olhos para um futuro de mais inclusão social, já que a maioria das comunidades quilombolas, por exemplo, vive em estado de extrema pobreza e exclusão.

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